segunda-feira, 30 de abril de 2012

PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO

Mais uma vez Jesus é posto a prova, agora por um especialista em leis que pergunta o que deve fazer para obter a vida eterna. “Amar a Deus e ao próximo” é o que diz a lei. O especialista não satisfeito pergunta; “E quem é o meu próximo?”

Mas ele, querendo mostrar a sua justiça, disse a Jesus: “E que é o meu próximo?”

Jesus continuou: Um homem descia de Jerusalém a Jerico, caiu nas mãos de bandidos que, tendo-o despojado e coberto de pancadas, foram-se embora e o abandonaram quase morto. Aconteceu que um sacerdote descia por esse caminho; ele viu o homem e passou a boa distância. Do mesmo modo um levita chegou a esse lugar; viu o homem e passou a boa distância. Mas um samaritano que estava de viagem chegou perto do homem; ele o viu e tomou-se de compaixão. Aproximou-se, atou-lhe as feridas, derramando nelas azeite e vinho, montou-o sobre a sua própria montaria, conduziu-o a uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte, tirando duas moedas de prata, deu-as ao hospedeiro e lhe disse: Toma conta dele, e se gastares alguma coisa a mais, sou eu que te pagarei na minha volta.

Qual dos três, a teu ver, mostrou-se próximo do homem que caíra nas mãos dos bandidos?
O legista respondeu: “Foi aquele que deu prova de bondade para com ele”.
Jesus lhe disse: “Vai e tu também faze o mesmo”.

Que tal entender um pouco da história?

1.    Podemos começar vendo a malicia do legista ao fazer essa pergunta, pois sendo ele um entendido em leis já tinha consciência que o amor incondicional a Deus e ao próximo e a chave para a vida eterna.
2.    Não havia a necessidade de perguntar quem seria seu próximo, já que para os judeus da época seria todo o seu povo, deixando de lado todos os estrangeiros.
3.    A estrada descrita por Lucas cortava do deserto de Judá, donde se pode deduzir que o personagem abatido por bandidos seria um judeu.
4.    Já sabemos que judeus e samaritanos, são como água e óleo, não se misturam. Dessa forma podemos concluir que o “levita” e o “sacerdote” estão no enredo para valorizar ainda mais a atitude do samaritano.

Vamos refletir:

Na história de nossa vida será que procuramos agir como o samaritano que deixou de lado todas as diferenças, sejam elas raciais ou sociais, para aderir o projeto de Deus, que é amar, respeitar e promover a vida.

Será que agimos igual ao sacerdote ou ao levita que mesmo tendo como dever, cuidar do bem-estar comum, valorizando as leis do Criador, tentando implantar a paz e acima de tudo seguir o exemplo de Jesus: “’Servir’ e não ser servido” preferiu dar as costas como se isso não fosse responsabilidade dele.

Será que algumas vezes, até por medo de nos comprometermos com a Igreja e com a coletividade, com a comunidade carente que vive ao nosso redor, agimos como os doutores da lei, sempre nos julgando superior e mais merecedor, que os nossos irmãos.

Com a parábola do Bom Samaritano, Jesus deixa bem claro que não devemos desprezar ou menosprezar ninguém, por mais humilde que seja, pois na realidade ele com certeza é o nosso próximo. Devemos agora não mais perguntar quem é o nosso próximo, mas o que fazer para ser o próximo de alguém


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